julho 2018

domingo, 15 de julho de 2018

Tite, VAR e França x Croácia: três notas sobre a Copa


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Tite é, talvez, o melhor técnico brasileiro. E é, com certeza, o mais teimoso.

Desde o Corinthians, joga com Jorges Henriques. O da seleção foi Gabriel Jesus. Mantem suas convicções intactas, mesmo quando insistimos para que mude, mesmo quando as circunstâncias exigem mais criatividade.

Seu trabalho na seleção não foi ruim, pelo contrário. Do time que não ia nem se classificar ao que chegou às quartas-de-final da Copa. E saiu contra a Bélgica, que provou que o PlayStation entende mais de futebol do que nós.

Mas terá muito trabalho até 2022, no Catar, onde terá que repensar alguns de seus critérios para convocar jogadores. Que volte na próxima Copa mais preparado - e menos teimoso.

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VAR significa video assistant referee. É comummente chamado de árbitro de vídeo, mas trata-se  apenas de um auxiliar que aparece em momentos determinados do jogo.

Como a arbitragem do Brasileirão é muito ruim (ou ao menos esta é a sensação que fica sempre que o Corinthians é campeão de alguma edição), o VAR foi vendido como o totem que iria expiar os pecados da CBF e até da Globo.

A Copa do Mundo mostrou que, nas mãos erradas, o VAR pode ser tão ruim - ou ainda pior - quanto um árbitro mal posicionado. Se o lance do pênalti contra a Croácia hoje fosse num Corinthians x Palmeiras quantos meses a torcida derrotada iria se lembrar deste momento? Eu diria que talvez para sempre.

O erro faz parte do jogo, seja futebol, basquete ou vôlei. Não gostou? Netflix tá aí.

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Toda Copa do Mundo temm uma seleção que decepciona e outra que surpreende. Em 2014 tivemos, respectivamente, Espanha e Argélia. Este ano a cota de decepção veio da Alemanha, eliminada na primeira fase em um grupo onde estava virtualmente classificada.

A surpresa foi a Croácia. Por mais que reconhecêssemos que o time era forte, jamais diríamos que chegaria à final.

Mas tudo conspirava pela França, em especial a boa campanha na chave mais difícil do mata-mata da Copa. Mbappé correndo como sempre. A Croácia cansada como nunca depois de três prorrogações (um jogo a mais). O melhor time da Copa indiscutivelmente foi o campeão. Por mais que a Bélgica tenha enchido mais os olhos na semifinal.

Um time memorável. Uma seleção que merecia ir longe na Copa. Premiada com o título mais importante do futebol. Quanto à Croácia, tem muito o que comemorar por chegar à sua primeira final na história. Mas nem sempre vontade é o suficiente.

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Oficialmente, começou o período eleitoral no Brasil. Deus tenha piedade de nossas almas.